O estilo “native” (expressão vinda de como os gringos chamavam os índios nativos dos Estados Unidos) ou xamânico é
caracterizado pelo uso de formas geométricas, representações de animais
e símbolos que representam forças da natureza e todos os seus ciclos.
Nesse post falarei de como isso se aplica na moda, na decoração e no
estilo de viver. Vem que a viagem é psicodélica.
Antes de mais nada, não adianta se encher do grafismo desse estilo se em
sua vida você não tem o menor respeito pela natureza. Entender que as
forças dela são maiores que as dos homens e que todos os seres
vivos que compartilham a Terra se unem por teias invisíveis, é
personificar nesse estilo uma verdade.
Não precisa se tornar xamã, mas acredito que se você se encher de coisas
do tipo e jogar latinha de refrigerante pela janela do carro ou chutar
seu cachorrinho só vai te transformar num poser. E não tem nada pior do que um poser, que é uma pessoa que diz ser algo pra impressionar as pessoas quando, na verdade, é outra, muito mais patética.
O ESTILO DE VIDA
Xamãs são identificados por seus conhecimentos de cura, dos processos
naturais e, principalmente, por seus poderes de pegar “emprestado” as
capacidades dos filhos da natureza, entre eles animais e eventos
climáticos. Muitas vertentes de “bruxaria moderna” se aproveitam da veia
xamânica pra acessar energias selvagens das quais nós, habitantes de
cidades, perdemos com o passar dos séculos.

Independente do lado místico acerca dessa figura, o xamã é um grande
sábio, um índio que por tradução literal “enxerga no escuro”. É uma
pessoa que se enxerga como parte de um ciclo gigantesco onde toda ação
gera reação. Sendo assim, é muito cuidadoso e reflexivo antes de tomar
qualquer atitude.
NA MODA
O estilo native american se assemelha muito com o estilo hippie,
com peças leves e com cara de “gente que ama a paz”, diferenciado por
estampas geométricas e tribais em tons de coloridos sóbrios ou de
diferentes tons de marrom. Bolsas de couro (sintético, por favor) com
babadinhos sobrepostos, sandálias, headbands de palha e muitas, muitas penas!
Isso sem falar nas estampas de corujas, lobos, veados, búfalos, águias,
ursos e blá, blá, blá! Casa bem pra quem curte uma pegada mais rocker também.
Outro acessório que não chega a montar um look pra andar na rua, mas que
fica muito legal numa social com essa temática (vou dar dicas pra uma
festa desse tipo depois que ensinar como fazer uma tenda) é o cocar, ou o indian headdress.
É difícil de achar pronto, sai caro e geralmente colocam na parede pra
decorar. Existem variações de cocares pra cada região, mas a dita nesse
post segue o estilo “clássico” mostrado abaixo:
NA DECORAÇÃO
Apanhadores de sonhos, imagens de lobos, crânios de animais que morreram
de forma natural, cangas penduradas no teto, móveis em madeira rústica,
totens com a mesma proposta de uma carranca brasileira (pra afastar
maus espíritos) e, meu objeto favorito e sonho de consumo, uma tee pee, a famosa tenda indígena afunilada pra cima.
TATUAGENS
Uma observação importante é que o estilo gráfico asteca se
confunde bastante com as geometrias xamânicas. Por isso, garimpe lojas
de vendedores chilenos, sempre tem coisa legal pra decorar ou vestir,
incluindo bolsas geralmente num bom preço, pois são produtos artesanais
(até baratos, se quer saber).
Aqui deixo tatuagens pra apresentar esses estilos gráficos muito semelhantes, que casam muito bem.
Domingo vou postar uma trilha sonora inspiradora, pra que você entre
nesse universo de cabeça. Independente de gostar ou não do estilo, seria
legal praticar a filosofia do respeito, então comece respeitando o
espaço em que você vive: nada de lixo na rua, nada de crueldade com os
outros!
Toda ação gera reação. Tudo que você faz, volta pra você.
Comentários